segunda-feira, 28 de outubro de 2013

1 ano, 3 meses, 13 dias

Um dia prometi-te escrever todos os dias desde que foste embora, tu sabes que não falhei nessa promessa. Simplesmente não tenho escrito aqui...
Tu sabes que eu descobri que tu não me tiveste apenas a mim e aos miúdos, que tiveste outro alguém. Sinceramente? Eu não te julgo. Eu e Ele éramos totalmente o oposto e é difícil uma rapariga na tua situação escolher, e sei ainda, que acima de tudo era nas crianças em que pensavas.
Ao contrário dele, eu a qualquer momento poderia perder o emprego, eu teria de abdicar de algo para que tu não abdicasses e seria sempre assim. Com ele já não...
Ele tinha dinheiro para que nenhum abdicasse de nada, para terem um óptima vida, para roupas de marca, brinquedos dos mais caros, escolas privadas, etc... Eu não... Mas o que tu e mais ainda a tua mãe não entendiam era que amor como o meu eles nunca teriam dele, a atenção não seria igual, e que eles acima de tudo e de todos biologicamente eram meus e não dele.
Não digo que toda essa história não me magoou porque estaria a mentir. Magoou e muito.
Não foi fácil perder-te. Não foi fácil saber que a rapariga a quem eu dedicava a minha vida à 7 anos me traia. Não foi fácil tocar a minha vida para à frente com 4 crianças e sozinho. Ainda hoje não é fácil. Não é fácil lembrar-me que devido ao teu estado de saúde eu trabalhava demais, eu não te pedia nada intimo por respeito à situação, mas enquanto eu trabalhava tu tinhas imensos momentos íntimos com ele. Não é fácil...
Não sei se hoje, nos vendo ai de cima, tu estás arrependida ou não. Não sei se esse outro alguém tem outra pessoa se não, mas eu resolvi tentar de novo...
Ando farto de estar sozinho, mas ao mesmo tempo não sei se sou capaz. Por algum motivo o texto se chama 1 ano, 3 meses, 13 dias e não 10 dias. Faltou a coragem de despedir...
À todo este tempo atrás eu não me despedi de ti, ainda hoje és muito de mim e sem dúvida se houvesse um génio da lâmpada era a ti que eu pedia, mas infelizmente não há.
Após todo este tempo afastado de tudo e de todos, essencialmente de coração congelado decidi tentar...
Não sei se é uma boa opção se não, mas eu não aguento mais estar sozinho, não aguento ser mais chamado à escola porque as gémeas estão a ser gozadas por outras crianças por não terem mãe. Não aguento mais, não ter apoio de ninguém, não ter ajuda!
Desculpa... Mil vezes desculpa... Mas eu preciso de seguir com a minha vida, me libertar desta dor incansável que suportei durante todo este tempo.

Serás sempre a minha rainha :'(
Sempre te amarei, e nunca me esquecerei de ti, mas mais cedo ou mais tarde eu teria de o fazer, eu teria de me despedir...
Desculpa a sério, tenta perdoar-me :'(

E pela última vez EU TE AMO MAIS DO QUE TUDO NO MUNDO, mais do que todos os grãos de areia do universo, mais todas as gotas de água do mundo. Simplesmente AMO-TE COM TODAS AS FORÇAS DA NATUREZA... <3

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