domingo, 19 de agosto de 2012
Alergica
O barulho dos carros me incomoda. Perdi minha vontade, perdi meu ar. Isso aumenta minha dor quilometros mais enquanto eu fico aqui e você se foi.
Essa noite as estrelas não se movem. Seu coração é alérgico a mim. E hoje sei que não vai voltar, que não te vou ter jamais e que a esta distância vou ter que sobreviver e tentar respirar.
Já não curarei sua solidão. Quando hoje anoitecer, não estarei para ouvir suas histórias loucas. Não pois você tem medo de sentir, pois você é alérgica a sonhar. E nós perdemos a cor, pois você é alérgica ao amor.
Vou caminhando em meio da tempestade, buscando em algum lugar minha paz de onde eu possa ainda fugir, de onde você não vai estar. E hoje eu tenho de ser feliz eu vou ter de viver mesmo sem você estar comigo.
Ainda não sei como o vou fazer, é demasiado difícil, mas eu sei que mais cedo ou mais tarde eu terei de tentar pois eu não aguento mais essa dor constante no meu peito. Eu sempre te vou amar, mas sabes o que magoa mais? É que eu sei que não vou mais acompanhar seus passos =’(
Eu nunca vou deixar de sentir esta dor mas algum dia eu vou acabar por me acostumar a ela… Mas te juro, sempre te amarei, e sempre foi você, e sempre seria se não fosse embora, tal como sempre foi.
Não consigo suportar a falta do teu olhar
Acho que fiz algo que pudesse me fazer diferente do que sempre fui. Ao te conhecer eu pude entender que será você a dona dos meus dias, eu tive a certeza que naquele momento descobri meu mundo e o verdadeiro sentido da vida.
Ao tocar sua face pela primeira vez tive certeza do que sempre quis, ao sentir seus lábios nos meus viajei por longos caminhos no quais você me ensinou a direção.
Agora eu sei que posso viver em paz porque tenho você pra sempre comigo e vou sempre viver para alguém como você e não vou me importar com mais ninguém, só pra te ter, vou mais além e nada vai tirar você de mim.
Foi então que eu pude entender quando o seu olhar me mostrou que dali pra frente era você, que é só você que pode me fazer feliz .
Só assim eu pude entender o mundo que antes me perdia sem você. Promete que não vai se afastar de mim! Não consigo suportar a falta do teu olhar.
Chuva de Verão
Será que foi amor? Será que foi
desejo? Por você eu faço tudo outra vez.
Seria o seu olhar? Ou seria seu beijo? Bagunçou minha cabeça eu não sei.
Seria o seu olhar? Ou seria seu beijo? Bagunçou minha cabeça eu não sei.
Até hoje, eu não sei, o que me
aconteceu, você passou na minha frente e eu voei. Quis tanto te levar para um
lugar só meu e poder guardar você para todo sempre...
Por mim pode ser, te amar a noite inteira e amanhã talvez. Então pode ser, quem sabe o tempo traga tudo outra vez.
Que o
nosso amor é como chuva de verão, que é nesse vai e vem. Fazer amor sobre as
estrelas e dizer que inesquecivel é amar você...
Por mim pode ser, te amar a noite inteira e amanhã talvez. Então pode ser, quem sabe o tempo traga tudo outra vez.
sábado, 18 de agosto de 2012
Noite
E a noite
chegou, e com ela só a solidão me abraçou. Sozinho agora estou, sem ti a noite
não passa.
A noite
para mim, nestes últimos tempos é bipolar, paradoxal. Sabes porque? Porque é
quando estou mais perto de ti, mas ao mesmo tempo quando te tenho mais longe e
mais sinto sua falta. Estás longe porque em casa é onde se encontram a maioria
das nossas lembranças eu te vejo em todo o lado e não te tenho aqui, não tenho
o seu mimo, o seu beijo, o seu abraço, o seu toque, a tua respiração, a sua
preocupação, e acima de tudo, não tenho o teu olhar nem o teu sorriso. Mas ao
mesmo tempo estás perto, porque é à noite que estou com as meninas, ou seja que
tenho metade de si aqui comigo. Mas essencialmente porque é à noite que te
encontro e toda a distância parece menor.
Mas a
nostalgia e melancolia da noite faz tudo desabar. A pressão de um dia inteiro
arrebenta assim que as crianças adormecem, é aí, que fico frágil, fraco, sensível,
e até mesmo chorão.
Se você está olhando por mim como
todos dizem que está você sabe que eu só tenho adormecido com medicamentos, não
me perguntes porque, não sei se é por tudo desabar na hora de dormir, se é a
falta do teu beijo e do teu abraço de boa noite se é porque eu fico pensando e
perco o sono e de noite acordado ser você que vejo em sonhos. Ou então, o mais
provável é que seja tudo junto e misturado. Ta uma confusão esta mente, este
coração, este corpo. Mas é normal, ele não vive sem ti e você obrigou ele a
viver sem você, sem sua presença nele ou perto dele.
Mas a noite e o amanhecer é o que
por norma mais custa, é a falta dos beijos, dos abraços, dos carinhos, dos bons
dias e das boas noites, do “como correu seu dia?” e do “tem um bom dia!”. É o adormecer
a chorar e acordar ainda a chorar e continuar no chuveiro, enquanto lavo a alma
e o corpo chorando de novo. É o desligar o sorriso forçado e o ligar. É o sair
de casa e voltar. É tudo…
Sabes porque digo que serás a última
pessoa na minha vida? Porque já és a última. Eu quero adormecer só com você, eu
quero sentir só você. Não quero mais ninguém. És tudo para mim, sempre foste e
sempre serás.
Bem, tudo isto para te dar as
boas noites e aproveitar para te deixar o bom dia de amanha de manhã. Tudo isto
para te deixar o beijo de agora e o de manhã. Tudo isto para te pedir que
retribuas esta boa noite e este bom dia e durmas comigo esta noite, que me
retribuas com o sentir da tua presença junto a mim. Dorme bem e me deixa dormir
bem hoje contigo. Costumavas dizer-me para dormir com os anjos, então agora
peço-te a ti, ao meu anjo que venha dormir comigo e com as pequenas e nos
deixes sonhando com os anjos e dormindo como anjos.
Vens amor? É só isso que este
verme humano tá pedindo aos deuses. Só esta noite e as que se aproximam, vem
ficar comigo todas as noites até eu ir para o pé de você. Vem por a descansar a
minha alma hoje amor.
Boa noite meu amor eterno, minha
princesinha, meu anjo doce.
TE AMO MUITO MESMO!
Como o vento...
A vida dá voltas. Eu que peguei
várias vezes com o meu irmão por ele escrever num blog, pois não via no que
isto poderia ajudar a desaliviar a dor, aqui estou eu.
Acho que já sei o porque de ele
fazer isto, acho que já o consigo entender. Agora que me vi totalmente sozinho,
sem família, com a maioria dos meus amigos afastados de mim, e sem… ti… estou
aqui, para desabafar contigo. Sei que nunca irás ler isto, mas tenho certeza
que estás neste mesmo momento ao meu lado lendo o meu pensamento à medida que
vou escrevendo e passando para aqui o que sinto.
Sabes que te amei muito mesmo?
Sabes que ainda te amo? Sabes que sempre te amarei? Pois, eu acho que sabes…
Lembras-te daquela noite de 28 de Julho de 2005? Aquela em que passamos a noite
no terraço a olhar as estrelas e a falar? Quando eu levei as duas mantas,
estendi uma, me deitei e tu perguntas-te se eu tava a tentar te seduzir ou
conquistar, e eu perguntei-te como resposta se achavas que algum dia eu o
conseguiria fazer e tu abanaste a cabeça a dizer que não, e eu olhei para o
lado e disse que já calculava? Porque pergunto se te lembras? Porque eu não
consigo esquecer esse primeiro dia que passei contigo, mesmo não te namorando,
foi tão intenso. Tu conseguiste em um dia tornares-te a pessoa de quem mais
dependia, a que era mais importante para mim, aquela que não me deixou cometer
loucuras e erros enormes. Aquela que em um dia virou a minha vida inteira.
Lembraste quando começamos? No
dia 5 de Agosto desse mesmo ano? Aquele nosso primeiro beijo? Quando
perguntaste a beira do rio como eu conseguia sorrir com tudo o que tinha
acontecido e eu respondi que era por estar contigo, e, você olhou com aquele
olhar brilhante, profundo, que penetrava a alma. E foi aí. Foi aí que eu te
segurei e te disse: “Acho que vou te beijar!” e tu disseste para esperar e para
dizer antes que sim. Eu disse e depois beijei-te. Em seguida perguntei-te
porque tinha de dizer que sim primeiro e tu disseste que era a resposta a tua
pergunta. E eu: “Qual pergunta?” e tu respondeste: “Ao queres namorar comigo?”
e eu comecei sorrindo e te pegei ao colo e começei rodopiando.
Pois como podes ver eu não me
esqueci de nada dos dias que passamos juntos, de cada pormenor, de cada data,
de cada olhar, de tudo mesmo, eu não me esqueci, antes pelo contrário, eu me
lembro cada dia mais.
E todos os anos que passaram até
agora lembraste? Das aulas em que nos sentávamos sempre juntos e as passávamos de
mãos dadas que até os professores reclamavam e me mandavam mudar de lugar e eu
sempre voltava? De todos os pequenos-almoços, almoços e lanches do tempo de
escola? Das conversas idiotas, das apaixonadas, de todas? E das discussões?
Aquelas que cada um seguia um caminho a chorar e uns dias depois mais tardar voltávamos
porque não aguentávamos estar assim e a saudade já apertava demais? Eu
lembro-me e bem. Eu sinto falta de tudo isso a cada segundo que passa.
Lembras-te de quando me levavas e
ias buscar ao trabalho? Isso quando não passavas lá o meu horário de expediente
todo? Lembraste de jogarmos ao “STOP” e ao jogo do galo enquanto não chegavam
clientes à loja? Não há um dia que quando percorro o trajeto para o trabalho
não me lembro de o percorrer contigo, em cada metro, em cada decímetro, cada centímetro,
cada milímetro; que não me lembre das nossas brincadeiras, dos nossos mimos, abraços,
beijos, conversas. Não há um único dia em que eu esteja a trabalhar que não olhe
para a nossa mesa e me lembre de ti, de mim, de nós dois ali sentados.
Lembras-te de quando vieste ter
comigo para dizeres que estavas grávida das meninas? Lembras-te? Eu não me esqueço
de ti apavorada, stressada, chorando, mal se percebendo o que dizias, gritando
que os teus pais te iam matar, que ias ficar gorda, que te ia trocar e deixar…
E eu, tremendo de medo por dentro, limpei as tuas lágrimas, te abraçei forte,
te beijei e disse que ia tar sempre do teu lado, que não ia te deixar, que íamos
arrumar um jeito, que podias ficar a mulher mais gorda do mundo que eu ia
amar-te cada dia mais.
Lembras-te das viagens a França? As
nossas idas à torre Eiffel? Os pequenos-almoços e tudo mais? Lembras-te do meu
sotaque francês que te punha a rir? Lembras-te de insistires comigo que tinha
de aprender e ter um sotaque decente?
Lembras-te de eu ser um completo
idiota que fotografou todo o parto das meninas? Lembras-te daquele teu puxão de
orelhas que me deste que tu com dores e eu estava só a fotografar e eu olhei
para o chão e pedi desculpa e você me levantou a cabeça e disse que tava a
brincar e que queria ver as fotos reveladas para o álbum das pequenas? Você
disse isso de uma maneira que eu tinha mesmo ficado convicto que tavas chateada
e ias acabar comigo.
Lembras-te de fugires para França
e eu ter ido atras te buscar? Ter corrido aquilo tudo à tua procura ate te
encontrar para te trazer para o pé de mim?
Lembras-te de quereres fazer uma
tatuagem com uma borboleta e eu ter-te levado a fazê-la? Lembras-te da surpresa
que me fizeste quando chegaste com a borboleta feita e teres escrito meu nome
por baixo? Lembras-te de quão feliz fiquei? Lembras-te do abraço forte que te
dei? Lembras-te de dizer que era comigo que ficarias sempre? Pois eu implorei
para você ficar, eu gritei no hospital para que me ouvisses e voltasses =’(
Lembras-te de dia 8 de Julho
deste ano? Da nossa conversa na varanda do quarto? Quando eu perguntei se você me
amava e você respondeu que sim, e eu perguntei a seguir se farias alguma coisa
por mim e você disse que faria qualquer coisa e eu: “Então você casa comigo?” e lhe
dei aquele anel e você como resposta me beijou.
Lembras-te do que me disseste à
noite quando chegaste ao hospital para ser internada? Que tinhas medo de não
estar mais comigo e eu te segurei e disse que isso não ia acontecer que eu
estaria sempre contigo? Se tavas a prever que isto ia acontecer porque não me
disseste? Eu tinha-te tirado dali naquele mesmo instante. Porque você não
cumpriu a promessa que nunca me iria deixar? Porque voce não me deixou ficar com voce? Porque voce não me deixou "salvar-te"? Porque voce me deixou sozinho? Porque voce fez isso? Porque magoou tanto? Porque você não me ouviu implorar
para que ficasses? Porque escolheste a morte em vez de nós? Porque foste embora e nem casaste comigo? Porque não fui eu em vez de ti? Ou então, porque não
me levou junto?
Não há um segundo quando estou em
casa que não me lembre de ti aqui, de viver contigo, de adormecer e acordar com
um beijo seu, das tuas reclamações que não querias cozinhar e sempre acabava eu
a cozinhar. Tu ganhavas sempre contra mim não era? Tenho mesmo muitas saudades
dessa nossa vida juntos, dessa felicidade que andava sempre de mãos dadas
comigo, desse sorriso de orelha a orelha que estava no meu rosto. Sinto a tua
falta a cada segundo, acredita em mim por favor. Dói tanto não te ver nem te
ter. Não ter um sorriso para mostrar, não ter o teu sorriso para olhar, nem o
teu olhar para me hipnotizar, e, a única coisa que consigo ver é as lágrimas
escorrendo minha cara e o meu peito. É estar o tempo todo como se nada fosse e
só depois das meninas adormecerem eu poder chorar como se não houvesse amanha.
A pressão aqui dentro está enorme, acredita. Não vou pedir-te para voltar, não
porque não quero, mas porque sei que não podes vir, porque eu sei que virias se
pudesses. Mas, eu posso ir sabias? Não digo agora, por causa dos meninos mas
depois. Não imaginas nem um quarto da vontade que tenho de ir ter contigo
agora. Não vejo a hora de meu corpo fechar os olhos para não mais os abrir e
minha alma abri-los para não mais os fechar junto a ti. Eu Amo-te tanto. Mas
até minha alma poder acordar nos teus braços eu vou ficando aqui a escrever o
resto da vida dos miúdos que não escrevemos juntos, vou continuar aqui
contestando o final que escreveste, vou continuar a dar vida ao corpo.
Obrigado por tudo, essencialmente
por ter-me aberto os olhos em relação ao menino, eu sei que foi você que me fez
olhar para ele e não o considerar culpado do que te aconteceu. Obrigado por
estes 7 anos comigo, por todos os beijos, mimos, abraços, brigas, obrigado até
por teres feito de mim o teu último homem, por tudo mesmo. Eu amei-te no
passado, amo-te no presente, amar-te-ei para sempre. Foste, és e sempre serás a
minha rainha, a minha única e eterna mulher, não terei mais ninguém nunca mesmo,
é você que eu quero sempre e a toda a hora. Dá me força para continuar por
favor meu amor, ajuda-me a explicar as meninas, ajuda-me a continuar aqui,
faz-me acreditar que tudo pode melhorar, vem dar-me aquele beijo e aquele
abraço todas as noites e todas as manhãs, vens? Por favor? Eu preciso de ti,
juro.
Isto não é nem metade daquilo que queria te dizer agora mas eu sei que o nosso amor sempre
será como o vento, não o podemos ver, mas podemos sentir.
Amo-te para sempre Luciana.
Amo-te para sempre Luciana.
Coração enobrece
Se eu sei que no final fica tudo bem... A
gente se ajeita numa cama pequena...Te faço um poema e te cubro de
amor...Então você adormece... Meu coração enobrece... E a gente sempre
se esquece... De tudo o que passou !
Saudades LucianaSofia MaiaraCastro
Te amo tanto ♥
='(
Saudades LucianaSofia MaiaraCastro
Te amo tanto ♥
='(
Não aguento estar desse jeito
A falta que tu me fazes ='(
Eu te amo tato, voce foi, e e sempre será o grande amor da minha vida. Então, pk voce foi embora e não me levou? Para tar aqui deste modo eu nao quero, eu preciso muito de voce aqui comigo, aqui do meu ladinho.
Se me amas tu continuas comigo. entao me ajuda, fica junto a mim, me ajuda a trazer as meninas de novo para o pe de mim.
Eu não aguento tar assim desse jeito ='''''(
Eu te amo tato, voce foi, e e sempre será o grande amor da minha vida. Então, pk voce foi embora e não me levou? Para tar aqui deste modo eu nao quero, eu preciso muito de voce aqui comigo, aqui do meu ladinho.
Se me amas tu continuas comigo. entao me ajuda, fica junto a mim, me ajuda a trazer as meninas de novo para o pe de mim.
Eu não aguento tar assim desse jeito ='''''(
Primeiro Amor
É
fácil saber se um amor é o primeiro amor ou não. Se admite que possa
ser o primeiro, é porque não é, o primeiro amor só pode parecer o último
amor. É o único amor, o máximo amor, o irrepetível e incrível e antes
morrer que ter outro amor. Não há outro amor. O primeiro amor ocupa o
amor todo.
Nunca se percebe bem por que razão começa. Mas começa. E acaba sempre mal só porque acaba. Todos os dias parece estar mesmo a começar porque as coisas vão bem, e o coração anda alto. E todos os dias parece que vai acabar porque as coisas vão mal e o coração anda em baixo.
O primeiro amor dá demasiadas alegrias, mais do que a alma foi concebida para suportar. É por isso que a alegria dói - porque parece que vai acabar de repente. E o primeiro amor dói sempre demais, sempre muito mais do que aguenta e encaixa o peito humano, porque a todo o momento se sente que acabou de acabar de repente. O primeiro amor não deixa de parte um único bocadinho de nós. Nenhuma inteligência ou atenção se consegue guardar para observá-lo. Fica tudo ocupado. O primeiro amor ocupa tudo. É inobservável. É difícil sequer reflectir sobre ele. O primeiro amor leva tudo e não deixa nada.
Diz-se que não há amor como o primeiro e é verdade. Há amores maiores, amores melhores, amores mais bem pensados e apaixonadamente vividos. Há amores mais duradouros. Quase todos. Mas não há amor como o primeiro. É o único que estraga o coração e que o deixa estragado.
É como uma criança que põe os dedos dentro de uma tomada eléctrica. É esse o choque, a surpresa «Meu Deus! Como pode ser!» do primeiro amor. Os outros amores poderão ser mais úteis, até mais bonitos, mas são como ligar electrodomésticos à corrente. Este amor mói-nos o juízo como a Moulinex mói café. Aquele amor deixa-nos cozidos por dentro e com suores frios por fora, tal e qual num micro-ondas. Mas o «Zing!» inicial, o tremor perigoso que se nos enfia por baixo das unhas e dá quatro mil voltas ao corpo, naquele micro-segundo de electricidade que nos calhou, só acontece no primeiro amor.
O primeiro beijo é sempre uma confusão. Está tudo a andar à volta e não se consegue parar. A outra pessoa assalta-nos e deixa-nos tontos, isto apesar de ser tão tímida e inepta como nós. E os nomes dos nossos primeiros amores? Os nomes doem. Parecem minúsculos milagres. Cada vez que se pronunciam, rebenta um pequeno terramoto no equador. E as mãos? Quando a mão entra na mão de quem se ama e se sente aquele exagero de volts e de pele, a única resposta sensata é o assassínio, o exílio, o suicídio. Nada fica de fora. O mundo é uma conspiração cinzenta de amores em segunda mão. Nada é puro fora daquelas mãos. O tesouro está a arder, as pessoas estão a morrer, os olhos cheios de luz estão a cegar, mas o primeiro amor é também, e sem dúvida, o primeiro amor do mundo.
O primeiro amor é aquele que não se limita a esgotar a disposição sentimental para os amores seguintes: quer esgotá-la. Depois dele, ou depois dela, os olhos e os braços e os lábios deixam de ter qualquer utilidade ou interesse. As outras pessoas - por muito bonitas e fascinantes que sejam - metem-nos nojo. Só no primeiro amor.
Não há amor como o primeiro. Mais tarde, quando se deixa de crescer, há o equivalente adulto ao primeiro amor - é o primeiro casamento; mas não é igual. O primeiro amor é uma chapada, um sacudir das raízes adormecidas dos cabelos, uma voragem que nos come as entranhas e não nos explica. Electrifica-nos a capacidade de poder amar. Ardem-nos as órbitas dos olhos, do impensável calor de poder-mos ser amados. Atiramo-nos ao nosso primeiro amor sem pensar onde vamos cair ou de onde saltamos. Saltamos e caímos. Enchemos o peito de ar, seguramos as narinas com os dedos a fazer de mola de roupa, juramos fazer três ou quatro mortais de costas, e estatelamo-nos na água ou no chão, como patos disparados de um obus, com penas a esvoaçar por toda a parte.
Há amores melhores, mas são amores cansados, amores que já levaram na cabeça, amores que sabem dizer «Alto-e-pára-o-baile», amores que já dão o desconto, amores que já têm medo de se magoarem, amores democráticos, que se discutem e debatem. E todos os amores dão maior prazer que o primeiro. O primeiro amor está para além das categorias normais da dor e do prazer. Não faz sentido sequer. Não tem nada a ver com a vida. Pertence a um mundo que só tem duas cores - o preto-preto feito de todos os tons pretos do planeta e o branco-branco feito de todas as cores do arco-íris, todas a correr umas para as outras.
Podem ficar com a ternura dos 40 e com a loucura dos 30 e com a frescura dos 20 - não outro amor como o doentio, fechado-no-quarto, o amor do armário, com uma nesga de porta que dá para o Paraíso, o amor delirante de ter sempre a boca cheia de coração e não conseguir dizer outra coisa com coisa, nem falar, nem pedir para sair, nem sequer confessar: «Adeus Mariana - desta vez é que me vou mesmo suicidar.» Podem ficar (e que remédio têm) com o savoir-faire e os fait-divers e o «quero com vista pró mar se ainda houver». Não há paz de alma, nem soalheira pachorra de cafunés com champagne, que valha a guerra do primeiro amor, a única em que toda a gente morre e ninguém fica para contar como foi.
Não há regras para gerir o primeiro amor. Se fosse possível ser gerido, ser previsto, ser agendado, ser cuidado, não seria primeiro. A única regra é: Não pensar, não resistir, não duvidar. Como acontece em todas as tragédias, o primeiro amor sofre-se principalmente por não continuar. Anos mais tarde, ainda se sonha retomá-lo, reconquistá-lo, acrescentar um último capítulo mais feliz ou mais arrumado. Mas não pode ser. O primeiro amor é o único milagre da nossa vida - e não há milagres em segunda mão. É tão separado do resto como se fosse uma primeira vida. Depois do primeiro amor, morre-se. Quando se renasce há uma ressaca. É um misto de «Livra! Ainda bem que já acabou!» e de «Mas o que é isto? Para onde é que foi?».
Os outros amores são maiores, são mais verdadeiros, respeitam mais as personalidades, são mais construtivos - são tudo aquilo que se quiser. Mas formam um conjunto entre eles. O segundo e o terceiro e o quarto, por muito diferentes, são mais parecidos. São amores que se conhecem uns aos outros, bebem copos juntos, telefonam-se, combinam ir à Baixa comprar cortinados. O primeiro amor não forma conjunto nenhum. Nem sequer entre os dois amantes - os primeiros, primeiríssimos amantes. Acabam tão separados os dois como o primeiro amor acaba separado dos demais. O amor foi a única coisa que os prendeu e o amor, como toda a gente sabe, não chega para quase nada. É preciso respeito e bláblá, compreensão mútua e muito bláblá, e até uma certa amizade bláblá. Para se fazer uma vida a dois que seja recompensadora e sobretudo bláblá, o amor não chega. Não se vive só dele. Não se come. Não se deixa mobilar. Bláblá e enfim.
Mas é por ser insustentável e irrepetível que o primeiro amor não se esquece. Parece impossível porque foi. Não deu nada do que se quis. Não levou a parte nenhuma. O primeiro amor deveria ser o primeiro e esquecer-se, mas toda a gente sabe, durante o primeiro amor ou depois, que é sempre o último.
Afinal nem é por ser primeiro, nem é por ser amor. A força do primeiro amor vem de queimar - do incêndio incontrolável - todas aquelas ilusões e esperanças, saudades pequenas e sentimentos, que nascem em nós com uma força exagerada e excessiva. Como se queima um campo para crescer plantas nele. Se fôssemos para todos os outros amores com o coração semelhantemente alucinado e confuso, nunca mais seríamos felizes. É essa a tristeza do primeiro amor. Prepara-nos para sermos felizes, limando arestas, queimando energias, esgotando inusitadas pulsões, tornando-nos mais «inteligentes».
É por isso que o primeiro amor fica com a metade mais selvagem e inocente de nós. Seguimos caminho, para outros amores, mais suaves e civilizados, menos exigentes e mais compreensivos. Será por isso que o primeiro amor nunca é o único? Que lindo seria se fosse mesmo. Só para que não houvesse outro.
LucianaSofia MaiaraCastro Para todo o sempre, meu único e último amor ♥
Nunca se percebe bem por que razão começa. Mas começa. E acaba sempre mal só porque acaba. Todos os dias parece estar mesmo a começar porque as coisas vão bem, e o coração anda alto. E todos os dias parece que vai acabar porque as coisas vão mal e o coração anda em baixo.
O primeiro amor dá demasiadas alegrias, mais do que a alma foi concebida para suportar. É por isso que a alegria dói - porque parece que vai acabar de repente. E o primeiro amor dói sempre demais, sempre muito mais do que aguenta e encaixa o peito humano, porque a todo o momento se sente que acabou de acabar de repente. O primeiro amor não deixa de parte um único bocadinho de nós. Nenhuma inteligência ou atenção se consegue guardar para observá-lo. Fica tudo ocupado. O primeiro amor ocupa tudo. É inobservável. É difícil sequer reflectir sobre ele. O primeiro amor leva tudo e não deixa nada.
Diz-se que não há amor como o primeiro e é verdade. Há amores maiores, amores melhores, amores mais bem pensados e apaixonadamente vividos. Há amores mais duradouros. Quase todos. Mas não há amor como o primeiro. É o único que estraga o coração e que o deixa estragado.
É como uma criança que põe os dedos dentro de uma tomada eléctrica. É esse o choque, a surpresa «Meu Deus! Como pode ser!» do primeiro amor. Os outros amores poderão ser mais úteis, até mais bonitos, mas são como ligar electrodomésticos à corrente. Este amor mói-nos o juízo como a Moulinex mói café. Aquele amor deixa-nos cozidos por dentro e com suores frios por fora, tal e qual num micro-ondas. Mas o «Zing!» inicial, o tremor perigoso que se nos enfia por baixo das unhas e dá quatro mil voltas ao corpo, naquele micro-segundo de electricidade que nos calhou, só acontece no primeiro amor.
O primeiro beijo é sempre uma confusão. Está tudo a andar à volta e não se consegue parar. A outra pessoa assalta-nos e deixa-nos tontos, isto apesar de ser tão tímida e inepta como nós. E os nomes dos nossos primeiros amores? Os nomes doem. Parecem minúsculos milagres. Cada vez que se pronunciam, rebenta um pequeno terramoto no equador. E as mãos? Quando a mão entra na mão de quem se ama e se sente aquele exagero de volts e de pele, a única resposta sensata é o assassínio, o exílio, o suicídio. Nada fica de fora. O mundo é uma conspiração cinzenta de amores em segunda mão. Nada é puro fora daquelas mãos. O tesouro está a arder, as pessoas estão a morrer, os olhos cheios de luz estão a cegar, mas o primeiro amor é também, e sem dúvida, o primeiro amor do mundo.
O primeiro amor é aquele que não se limita a esgotar a disposição sentimental para os amores seguintes: quer esgotá-la. Depois dele, ou depois dela, os olhos e os braços e os lábios deixam de ter qualquer utilidade ou interesse. As outras pessoas - por muito bonitas e fascinantes que sejam - metem-nos nojo. Só no primeiro amor.
Não há amor como o primeiro. Mais tarde, quando se deixa de crescer, há o equivalente adulto ao primeiro amor - é o primeiro casamento; mas não é igual. O primeiro amor é uma chapada, um sacudir das raízes adormecidas dos cabelos, uma voragem que nos come as entranhas e não nos explica. Electrifica-nos a capacidade de poder amar. Ardem-nos as órbitas dos olhos, do impensável calor de poder-mos ser amados. Atiramo-nos ao nosso primeiro amor sem pensar onde vamos cair ou de onde saltamos. Saltamos e caímos. Enchemos o peito de ar, seguramos as narinas com os dedos a fazer de mola de roupa, juramos fazer três ou quatro mortais de costas, e estatelamo-nos na água ou no chão, como patos disparados de um obus, com penas a esvoaçar por toda a parte.
Há amores melhores, mas são amores cansados, amores que já levaram na cabeça, amores que sabem dizer «Alto-e-pára-o-baile», amores que já dão o desconto, amores que já têm medo de se magoarem, amores democráticos, que se discutem e debatem. E todos os amores dão maior prazer que o primeiro. O primeiro amor está para além das categorias normais da dor e do prazer. Não faz sentido sequer. Não tem nada a ver com a vida. Pertence a um mundo que só tem duas cores - o preto-preto feito de todos os tons pretos do planeta e o branco-branco feito de todas as cores do arco-íris, todas a correr umas para as outras.
Podem ficar com a ternura dos 40 e com a loucura dos 30 e com a frescura dos 20 - não outro amor como o doentio, fechado-no-quarto, o amor do armário, com uma nesga de porta que dá para o Paraíso, o amor delirante de ter sempre a boca cheia de coração e não conseguir dizer outra coisa com coisa, nem falar, nem pedir para sair, nem sequer confessar: «Adeus Mariana - desta vez é que me vou mesmo suicidar.» Podem ficar (e que remédio têm) com o savoir-faire e os fait-divers e o «quero com vista pró mar se ainda houver». Não há paz de alma, nem soalheira pachorra de cafunés com champagne, que valha a guerra do primeiro amor, a única em que toda a gente morre e ninguém fica para contar como foi.
Não há regras para gerir o primeiro amor. Se fosse possível ser gerido, ser previsto, ser agendado, ser cuidado, não seria primeiro. A única regra é: Não pensar, não resistir, não duvidar. Como acontece em todas as tragédias, o primeiro amor sofre-se principalmente por não continuar. Anos mais tarde, ainda se sonha retomá-lo, reconquistá-lo, acrescentar um último capítulo mais feliz ou mais arrumado. Mas não pode ser. O primeiro amor é o único milagre da nossa vida - e não há milagres em segunda mão. É tão separado do resto como se fosse uma primeira vida. Depois do primeiro amor, morre-se. Quando se renasce há uma ressaca. É um misto de «Livra! Ainda bem que já acabou!» e de «Mas o que é isto? Para onde é que foi?».
Os outros amores são maiores, são mais verdadeiros, respeitam mais as personalidades, são mais construtivos - são tudo aquilo que se quiser. Mas formam um conjunto entre eles. O segundo e o terceiro e o quarto, por muito diferentes, são mais parecidos. São amores que se conhecem uns aos outros, bebem copos juntos, telefonam-se, combinam ir à Baixa comprar cortinados. O primeiro amor não forma conjunto nenhum. Nem sequer entre os dois amantes - os primeiros, primeiríssimos amantes. Acabam tão separados os dois como o primeiro amor acaba separado dos demais. O amor foi a única coisa que os prendeu e o amor, como toda a gente sabe, não chega para quase nada. É preciso respeito e bláblá, compreensão mútua e muito bláblá, e até uma certa amizade bláblá. Para se fazer uma vida a dois que seja recompensadora e sobretudo bláblá, o amor não chega. Não se vive só dele. Não se come. Não se deixa mobilar. Bláblá e enfim.
Mas é por ser insustentável e irrepetível que o primeiro amor não se esquece. Parece impossível porque foi. Não deu nada do que se quis. Não levou a parte nenhuma. O primeiro amor deveria ser o primeiro e esquecer-se, mas toda a gente sabe, durante o primeiro amor ou depois, que é sempre o último.
Afinal nem é por ser primeiro, nem é por ser amor. A força do primeiro amor vem de queimar - do incêndio incontrolável - todas aquelas ilusões e esperanças, saudades pequenas e sentimentos, que nascem em nós com uma força exagerada e excessiva. Como se queima um campo para crescer plantas nele. Se fôssemos para todos os outros amores com o coração semelhantemente alucinado e confuso, nunca mais seríamos felizes. É essa a tristeza do primeiro amor. Prepara-nos para sermos felizes, limando arestas, queimando energias, esgotando inusitadas pulsões, tornando-nos mais «inteligentes».
É por isso que o primeiro amor fica com a metade mais selvagem e inocente de nós. Seguimos caminho, para outros amores, mais suaves e civilizados, menos exigentes e mais compreensivos. Será por isso que o primeiro amor nunca é o único? Que lindo seria se fosse mesmo. Só para que não houvesse outro.
LucianaSofia MaiaraCastro Para todo o sempre, meu único e último amor ♥
Adeus Luciana
"Vai em frente, tu tás a ter uma atitude inconsciente.
Este é daqueles textos que um dia escrevi por tar imensamente revoltado. Mas, se soubesse o que sei agora, NUNCA, mas mesmo NUNCA o tinha dito.
Era demasiado importante para isto ='(
Já
não quero saber de ti, tu só queres é vida boa e foste tu quem acabou
por desistir e bazar, rasgas-te a folha em que escreves-te " para sempre
vou-te amar " ;
Tu sabes bem que eu sem ti nao sou ninguém mas tu escolheste, ja não posso nem quero fazer nada, tu perdeste e não me peças pa te dar a mão, eu vou-te deixar cair, vais-te sentir tão no fundo sem vontade p'ra subir, quando estiveres sozinha eu sei que tu vais reflectir, pedir para eu voltar mas eu vou-te dizer " sai " não te quero à minha frente a sério por favor vai!
Depois de tudo o que por ti fiz, tu sabes que foste feliz, agora sinto-me infeliz só por não te ter, não te poder tocar ou até mesmo ver. Lá no fundo tu querias ser mas nao passa de um querer. Deixa-te estar, eu fico bem sozinho, vai-te embora, eu sigo o meu caminho..."
Tu sabes bem que eu sem ti nao sou ninguém mas tu escolheste, ja não posso nem quero fazer nada, tu perdeste e não me peças pa te dar a mão, eu vou-te deixar cair, vais-te sentir tão no fundo sem vontade p'ra subir, quando estiveres sozinha eu sei que tu vais reflectir, pedir para eu voltar mas eu vou-te dizer " sai " não te quero à minha frente a sério por favor vai!
Depois de tudo o que por ti fiz, tu sabes que foste feliz, agora sinto-me infeliz só por não te ter, não te poder tocar ou até mesmo ver. Lá no fundo tu querias ser mas nao passa de um querer. Deixa-te estar, eu fico bem sozinho, vai-te embora, eu sigo o meu caminho..."
Este é daqueles textos que um dia escrevi por tar imensamente revoltado. Mas, se soubesse o que sei agora, NUNCA, mas mesmo NUNCA o tinha dito.
Era demasiado importante para isto ='(
Princesinhas
Não existe palavras para descrever tudo o que sinto por estas
meninas. Ela é o meu ar, o meu céu, o meu chão, o meu amor, as minhas
filhas, o meu tudo! E nada do que eu possa falar pode demostrar um terço
do que sinto por elas pois o que sinto é imenso,não existe nada que se
compare com este amor, com este carinho que tenho por elas. Elas são tudo o
que eu tenho, tudo que eu sempre quis e sempre vou querer, tudo o que
amo, quero, e preciso, e este sentimento que sinto não irá acabar nunca,
jamais as quero perder ou me separar delas, pois em tao pouco tempo, elas
passaram a ser minha vida ♥
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